O juiz Guilherme Carlos Kotovicz decidiu que o principal suspeito de matar Adão Moreira Duarte, no município de Novo Mundo (400 quilômetros de Sinop), deverá ser submetido a júri popular. O crime foi cometido em janeiro de 2015, na rua 17 de maio, na comunidade Cinco Mil. A vítima foi morta a facadas.
O dono da casa onde Adão morava contou que a vítima estava no local há aproximadamente oito meses. Ele confirmou que, no dia do crime, o acusado estava catando latinhas em via pública, quando o convidou para ir até a sua casa, sem saber da desavença que havia entre o suspeito e Adão.
Segundo sua versão, o suspeito chegou no local e ficou conversando com a vítima. A testemunha contou que saiu por um momento, quando “ouviu gritos de dor”. Ao voltar, encontrou Adão caído e o acusado, a poucos metros, com uma faca na mão. O proprietário da casa alegou que não ouviu discussão entre os envolvidos.
Ao determinar o júri, o juiz também levou em consideração a própria confissão do acusado. “Com efeito, as provas apontam que há elementos para incriminar o acusado, pois embora tenha alegado a legítima defesa putativa, uma vez que apenas estava defendendo de uma futura e suposta ação delituosa da vítima, tal alegação não restou comprovada no processo”.
Conforme a decisão, o réu será julgado por homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele chegou a ser preso, mas, posteriormente, teve a prisão revogada e aguarda o julgamento em liberdade.