O juiz Marcel Queiroz Linhares, da 2ª Vara Federal em Sinop, homologou as prisões em flagrante feitas pela Polícia Civil dos três acusados, que foram pegos na operação Aurum, em conjunto com a secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), que ocorreu na última terça-feira em Colíder (160 quilômetros de Sinop). Além disso, estipulou fiança de 50 mil para o advogado, que se identificou como responsável pela propriedade e pelas atividades de extração aurífera, R$ 25 mil para o gerente e R$ 10 mil para operador da máquina. Não foi confirmado se já pagaram e foram soltos.
Os três foram presos suspeitos de envolvimento com crimes ambientais. Ontem, a Sema aplicou uma multa de R$ 1,1 milhão para a propriedade autuada por extração ilegal de minérios e usurpação de matéria-prima da União.
A equipe da delegacia de Colíder, coordenada pelo delegado Ruy Guilherme Peral, constataram indícios de crime ambiental em uma fazenda da região, onde era praticada a extração ilegal de ouro, na terça-feira. No local, também foi apreendida uma pá escavadeira avaliada em R$ 160 mil.
De acordo com o delegado Ruy Guilherme, a escavadeira ficou sob responsabilidade da Secretaria de Obras e Infraestrutura do município, que está como fiel depositária do equipamento. “As investigações continuam para coletar novas evidências dos crimes. Os proprietários da fazenda não se encontravam no local, mas serão autuados pela Polícia Civil nas práticas criminosas de danos ambientais”, explicou o delegado.
Segundo a assessoria da Polícia Civil, em setembro deste ano, os investigadores estiveram na mesma propriedade para apurar a atuação irregular de garimpo na fazenda, contudo, não foram encontrados indícios dos crimes ambientais que possivelmente teriam sido ocultados pelo responsável da área. “Continuamos atuando para combater a prática de crimes que trazem danos ambientais expressivos à região”, destacou o delgado Ruy Guilherme Peral.