Ontem, o médico Ézio Ojeda, designado pelo Tribunal de Justiça para acompanhar o caso do juiz Cézar Francisco Bassan afirmou em coletiva, que o tiro nas costas lesionou com gravidade a medula e fez com que o magistrado perdesse temporariamente o movimento das pernas.
Ele não tem, por enquanto, sensibilidade nas pernas e pés. Clinicamente, segundo o jornal A Gazeta, não há condições de precisar se a lesão causará ou não paralisia permanente nos membros inferiores do juiz. A confirmação do diagnóstico poderá vir somente em alguns meses, assim que o paciente iniciar o tratamento de fisioterapia.
“Não há como dizermos agora como será a evolução do quadro. A lesão pode ser permanente ou não”, disse o médico. Ontem o juiz retornou a um dos apartamentos do Hospital Jardim Cuiabá depois de deixar a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pela segunda vez. Desde o último final de semana estava acometido de pneumonia. Com o quadro já revertido, Bassan se recupera no apartamento. Visitas estão restritas aos familiares por questões de segurança.
O Juiz foi baleado em Sinop, no último dia 31, após uma discussão de trânsito com 3 homens. O estopim da discussão teria sido uma colisão entre o veículo que o magistrado dirigia e o dos acusados. As caminhonetes se enroscaram e a do juiz, uma S-10 preta, chegou a bater na parede de uma panificadora. Sérgio Muller, gerente de um restaurante em Sinop, confessou que teria sacado uma arma e disparado contra a caminhonete. Um dos disparos, acertou nas costas do juiz.