quinta-feira, 28/novembro/2024
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Juiz acata denúncia e torna produtor réu por morte de agrônomo que residia em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza

O juiz Rafael Depra Panichella acatou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e tornou réu o produtor rural acusado de matar o agrônomo Silas Henrique Palmieri Maia, 33 anos. O crime aconteceu em um estabelecimento comercial, no distrito Novo Paraná, a cerca de 25 quilômetros de Porto dos Gaúchos (240 quilômetros de Sinop). A vítima, que residia em Sinop, foi atingida por tiros e morreu antes de chegar no hospital.

Conforme a denúncia do MPE, uma testemunha relatou que Silas pediu para ir até a fazenda do acusado, na comunidade do Engano, onde iria vistoriar a área e verificar o montante da safra já colhido. O réu, segundo o MPE, possuía uma dívida com a empresa para a qual o agrônomo trabalhava. O objetivo da vistoria seria atestar se a “soja apresentava boa qualidade”.

O relato, de acordo com a peça acusatória, bate com a versão dada pelo próprio suspeito. Ele relatou que Silas teria dito que “seria necessário o arresto dos grãos de sua propriedade, bem como que a venda de tais bens somente poderia ser realizada com autorização expressa” da empresa. O acusado ainda afirmou que ficou incomodado quando o agrônomo, mesmo tendo acompanhado a colheita, disse que havia suspeita de “desvios da soja”.

“Vê-se, assim, da leitura dessa peça que, nela, o representante do Ministério Público expôs o fato criminoso, suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do delito e, visando a provar a acusação lançada, apresentou o rol de pessoas que deseja sejam ouvidas, de cujos depoimentos e declarações, aliadas aos demais elementos constantes dos autos, depreendem-se os indícios idôneos de autoria e de materialidade, essa demonstrada pelos laudos periciais apontados, o que suficiente para instauração da ação penal”, declarou o juiz.

Com o recebimento da denúncia, o produtor rural passa a responder por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele segue preso e tem dez dias para responder às acusações.

Silas trabalhava como consultor de vendas em uma empresa de insumos agrícolas. Ele foi sepultado no Mato Grosso do Sul, onde residem familiares.

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