A juíza da comarca de Tabaporã, Helícia Vitti Lourenço, acatou a denúncia contra o ex-policial militar Valtencir Moreira Costa, acusado pelo Ministério Público pelo assassinato da advogada Andréa Carvalho Furtado, em abril. Só Notícias apurou que a magistrada também determinou que ele seja interrogado por carta precatória, em Santo Antonio de Leverger, onde está preso desde o último sábado, após ser detido em Rolim de Moura (RO).
Na denúncia, o Ministério Público argumenta que “matou, por motivo fútil, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa e por meio cruel, com arma de fogo, Andrea de Carvallho Furtado Pereira”. Audiências para ouvir testemunhas também devem ser marcadas pela magistrada.
O crime foi no dia 16 de abril. Andréa foi morta a tiros, no escritório dela. A perícia constatou, durante as investigações, que os projéteis têm as mesmas características dos encontrados dentro da caminhonete do ex-soldado. Na fuga, ele acabou capotando e abandonando o veículo. Testemunhas também informaram que viram o ex-policial entrando e saindo do escritório de Andréa, na tarde em que ela foi morta.
O motivo do crime pode ter sido vingança. Andrea tinha sido contratada pela ex-mulher do soldado para o processo de separação de corpos e a Justiça concedeu liminar favorável, em que Valtencir foi condenado a pagar pensão alimentícia.
Mas o ex-soldado negou, durante um interrogatório, no sábado, a autoria do crime. Ele teria alegado que ao entrar no escritório encontrou um homem armado com um revólver, e, que o mesmo tinha ordenado para ele sair dali. Disse que resolver fugir com medo de ser incriminado.