O ex-delegado de polícia de Nova Mutum, Delson Rodrigues de Moura Lopes, assim como o escrivão Antônio Gonismar Teixeira e o investigador Sebastião Mauro Dias da Silva, foram afastados judicialmente de suas funções públicas. A decisão foi proferida pelo juiz Gabriel da Silveira Matos em atendimento a ação civil pública impetrada pelo Ministério Público. De acordo com o promotor Pedro da Silva Figueiredo Junior, além da denúncia oferecida pelo Ministério Público para se apurar o crime de peculato, através do qual foi decretada a prisão preventiva do delegado e dos dois policiais, no dia 3 de setembro, o MP propôs também uma ação civil pública para se apurar a prática de improbidade administrativa dos três funcionários públicos e do advogado João Ricardo Campos Marques.
“Nessa ação solicitamos o afastamento judicial do exercício das funções públicas dos três que exercem funções públicas. Ontem, o juiz Gabriel proferiu decisão, acolhendo liminar pleiteada pelo MP”, reforçou Pedro. Segundo ele, a decisão de afastamento judicial não tem prazo definido. “Através de seus advogados eles têm o direito de recurso da forma que melhor entenderem”, falou.
O promotor fez questão de esclarecer que o afastamento judicial das funções é resultado de uma ação civil pública em decorrência dos indícios de improbidade administrativa. Em paralelo os réus são acusados de peculato. Quanto a isso, a denúncia do MP, protocolada dia 26 de agosto, foi feita com base no inquérito instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil e nas investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Conforme Só Notícias já informou, no dia 29 de janeiro deste ano, Delson, Antônio e Sebastião foram a Londrina (PR) para cumprir mandado de prisão de Daniel Barosi, que estava sob a custódia da Polícia Civil. Após os trâmites legais e já com Daniel sob suas responsabilidades, os requeridos apropriaram-se e desviaram bens móveis particulares de Daniel Barosi, com o auxílio do advogado João Rhicardo Campos Marques.
Por determinação judicial, o ex-delegado foi preso no dia 28 de agosto e na mesma ocasião foram decretadas as prisões de escrivão e do investigador. Tem-se a informação de que os mesmos conseguiram habeas corpus através do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, para aguardar a conclusão do processo em liberdade. Questionado sobre isso, o promotor Pedro da Silva Figueiredo Junior disse que “o MP se manifestará em segundo grau através dos procuradores de justiça”.