Sem respostas às reivindicações de melhorias na saúde e atraso nos repasses pela Funasa, índios de nove etnias que bloqueiam, desde domingo, a ponte na MT-170, impedindo o tráfego para seis cidades na região de Juína, querem seguir a Cuiabá para pressionarem as autoridades. Mesmo assim, outro grupo deve manter a mobilização.
Segundo o indígena da etnia Irantxe, João Osvaldo Kanunxy, o objetivo é facilitar a comunicação com as autoridades. “Não significa que desistimos, mas temos que ir para frente que é para sermos atendidos. Nós conversamos com os representantes dos outros povos e decidimos fazer assim”.
Kanunxy, que é agente indígena de saúde na sua aldeia, afirma que além da questão de falta de repasses para o atendimento da saúde indígena atingir outros povos em Mato Grosso, a situação de atendimento nunca esteve tão comprometida. “Estamos muito preocupados, pois não vemos resposta. Os profissionais estão sem salários, os fornecedores sem receber e o atendimento prejudicado por esses problemas”.
O grupo aguarda apenas a liberação de dois ônibus para seguir viagem a capital. Ainda hoje, era esperada a chegada de representantes da Funasa e Funai no município.
Hoje também encerra o prazo estipulado pela Justiça para que eles liberem o tráfego na rodovia. A liminar foi concedida na segunda-feira, pela juíza Lidiane de Almeida Pampado.