A diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) reuniu-se hoje à tarde, com o corregedor geral de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, e com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Paulo Inácio Dias Lessa.
A audiência foi requerida pelo Sindjor para tratar das três prisões, ocorridas no último dia 11, no Fórum Criminal de Cuiabá, por ordem do juiz Rondon Bassil. Foram presos dois repórteres cinematográficos e um fotógrafo. Os três tentavam fazer imagens de uma audiência, na qual estava prestando depoimento a ex-escrivã Beatriz Árias, condenada pela morte do juiz Leopoldino do Amaral, em 1999.
A diretoria do Sindjor solicitou ao corregedor geral, por meio de um ofício, a apuração dos fatos e ressaltou que o entendimento do sindicato é que houve um excesso por parte do magistrado que decretou a prisão dos jornalistas.
Diante do posicionamento do Sindjor, o corregedor geral Orlando Perri assegurou que irá instaurar um procedimento administrativo para apurar os fatos e que o resultado será levado ao órgãos especial, a quem cabe julgar se houve abuso ou não. O sindicato também informou que vai levar o fato ao conhecimento do Conselho Nacional de Justiça e à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Por fim, o Sindjor sugeriu a construção de um evento em parceria entre Sindjor-MT e o TJ-MT, em que advogados e jornalistas discutam o questionável sigilo no judiciário. A proposta foi bem recebida pelo corregedor e também pelo presidente do TJ, desembargador Paulo Lessa, que acenou positivamente à proposta.