O tribunal do júri condenou a 12 anos e cinco meses de prisão Henrique dos Santos de Oliveira, 22 anos, por matar um adolescente de 16 anos, com um golpe de faca, em maio de 2021, na praça Plínio Callegaro, entre as avenidas Júlio Campos e Acácias, no centro de Sinop. Henrique foi preso em flagrante, nas proximidades da cena do crime.
O réu foi denunciado pela promotora Carina Sfredo Dalmolin por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante dissimulação. A maioria dos jurados acatou a denúncia e votou pela condenação do réu. Com isso, coube à juíza Rosângela Zacarkim dos Santos fixar a sentença. Ela também decidiu que Henrique deverá pagar R$ 30 mil de indenização para a família da vítima. O réu vai começar a cumprir a pena em regime fechado, mas ainda pode recorrer.
Poucos dias após o homicídio, a Justiça de Sinop decretou a prisão preventiva de Henrique. Ele confessou o crime e afirmou que agiu por vingança. Segundo consta no processo, os dois já se conheciam e Henrique convidou o adolescente para se encontrarem na praça Plínio Callegaro. No local, começaram a discutir “em virtude de o autuado crer que a vítima teria transmitido uma doença contagiosa”.
Segundo a investigação inicial apurou, o criminoso teria retirado uma faca de dentro da bolsa que carregava e atingiu o menor com um único golpe, no pescoço. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) constatou que a facada atingiu a artéria carótida da vítima, o que a fez perder muito sangue e morrer antes de o resgate chegar.
Ao decretar a prisão preventiva, a Justiça destacou a “gravidade do crime” e as declarações dadas pelo próprio suspeito e testemunhas, que evidenciam a “necessidade” de resguardar a ordem pública. Também citou que Henrique não residia em Sinop e morava no bairro Vida Nova, em Lucas do Rio Verde.
Ao ser preso, o réu declarou à Polícia Militar que viajou apenas para cometer o crime. O adolescente foi sepultado no cemitério municipal de Nova Mutum.
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