Jean Mayk dos Santos, 26 anos, foi condenado, hoje, em júri popular, a 21 anos e nove meses de prisão por atirar na ex-namorada Kelly Cristina Hawerroth, 25 anos. O crime aconteceu em julho do ano passado, em uma residência localizada na rua das Violetas, no bairro Jardim das Violetas.
Em votação sigilosa, a maioria dos jurados reconheceu que Jean foi o autor da tentativa de homicídio, cometida por motivo torpe, perigo comum, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra a mulher por razões de gênero (violência doméstica). A pena também foi aumentada em razão do crime ter sido cometido na presença da mãe da vítima.
A juíza Rosângela Zacarkim, da 1ª Vara Criminal, determinou que Jean terá que cumprir a pena em regime fechado, inicialmente. Desta forma, ele seguirá no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. Ainda cabe recurso contra a sentença. O jovem também chegou a ser denunciado por fazer o próprio pai de refém, durante a fuga. Porém, os jurados entenderam que o crime de sequestro não ocorreu.
Em depoimento, a vítima afirmou que teve um relacionamento com Jean e que ele não aceitava o término, passando a “imaginar coisas” e “importuná-la com frequência, querendo sempre saber onde estava”. Segundo sua versão, no dia 17 de julho, o rapaz foi até a residência e pediu para falar com ela. A vítima disse que sem “falar nada”, e nem mesmo descer da motocicleta, Jean atirou e, em seguida, fugiu. O projétil bateu no portão da casa e, na sequência, acertou próximo ao coração da vítima.
Jean, por outro lado, justificou que disparou o revólver sem querer. Ele alegou, em depoimento, que, “no calor das emoções”, sacou a arma apenas para “dar um susto na vítima”, após ver mensagens no celular dela. Afirmou ainda que estava sob efeito de entorpecente e se arrependeu do que fez. Declarou também que chamou o pai para se entregar na delegacia, contudo, no caminho foram interceptados pela Polícia Militar. Admitiu também que portava uma faca, mas garantiu que não havia ameaçado o pai.