Alexandre Pacheco, 21 anos, foi condenado, há pouco, em júri popular, a 17 anos e quatro meses de prisão, por envolvimento no assassinato de Sandro Rabecini, 21 anos, em 7 de março de 2015. O crime ocorreu no Jardim Lisboa. A vítima foi atingida por diversos tiros e morreu antes que o socorro médico chegasse.
Os jurados entenderam que Alexandre cometeu o crime por motivo torpe, meio que resultou em perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele também foi condenado por tentativa de homicídio, uma vez que um rapaz de 23 anos foi atingido pelos disparos, e pelo crime de corrupção de menor de idade.
Após a decisão dos jurados, a sentença condenatória foi fixada pela juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim dos Santos. Ela decidiu que Alexandre deve começar a pena em regime fechado. Desta forma, ele seguirá preso em Cáceres. Ainda cabe recurso.
O homicídio teria sido praticado em coautoria com um adolescente. Um dos investigadores da Polícia Civil relatou que Sandro e Alexandre pertenciam a “gangues rivais”. De acordo com esta versão, a vítima costumava pegar o veículo da mãe e ir até o bairro em que ele residia “efetuar disparos de arma de fogo”. Para se vingar, Alexandre teria decidido assassinar Sandro.
O policial acrescentou também que, durante as investigações, foi descoberto que Sandro teve um relacionamento amoroso com uma ex-namorada de Alexandre, o que pode ter contribuído na motivação do crime. Segundo o investigador, com base no depoimento de testemunhas, o autor do homicídio chegou ao local “de forma sorrateira” e surpreendeu a vítima, que estava em um bar
Durante interrogatório, Alexandre negou as acusações. Alegou que não tinha envolvimento com o crime e que poderia provar que estava em outro local no momento em que Sandro foi morto. Também declarou que não possuía qualquer desavença com a vítima e que conhecia o adolescente acusado de envolvimento no assassinato “apenas de vista”.
Alexandre estava preso no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, porém, em abril deste ano, foi transferido para o presídio de Água Boa, em decorrência da rebelião na unidade. A transferência foi justificada por uma suposta participação dele na organização criminosa conhecido como Primeiro Comando da Capital (PCC). Posteriormente, foi transferido para Cáceres.