O empresário Josino Pereira Guimarães será levado a novo júri popular pela morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, encontrado morto em 7 de setembro de 1999 no Paraguai. O julgamento foi marcado pela 7ª Vara da Justiça Federal para 24 de fevereiro de 2016, enquanto a escolha dos jurados ocorrerá no dia 3 do mesmo mês.
Esta é a segunda vez que o acusado é julgado pelo mesmo crime. Em dezembro de 2011, ele foi absolvido da acusação de mandante do assassinato do magistrado em uma decisão dos jurados considerada contraditória.
Embora o conselho de sentença tenha entendido que Josino era o mandante, o inocentaram. A situação levou o Ministério Público Federal (MPF) a recorrer ao Tribunal Federal Regional -1ª Região, pedindo anulação do júri popular. O pedido foi acolhido e a defesa do empresário recorreu, mas não teve a tese acolhida pela Justiça em julho deste ano.
Durante o trâmite processual para anular o resultado do julgamento, o MPF protocolou dois pedidos de urgência junto ao TRF-1, diante do risco de prescrição do caso. A instituição não se manifestou sobre o caso.
O corpo de Leopoldino foi encontrado parcialmente carbonizado em uma estrada vicinal do Paraguai e sem os documentos. Pelo crime, a ex-escrevente Beatriz Árias foi condenada a 12 anos de prisão, em 2002, por ter sido a executora do homicídio, ao lado do tio dela, Marcos Peralta. Ele morreu em 2005 em uma cadeia paraguaia, sem ser julgado.
Antes da morte do magistrado, Josino teria procurou o sargento José Jesus de Freitas para encomendar o crime, mas o pedido foi negado. Sargento Jesus era conhecido por prestar serviços de pistolagem e denunciou a oferta a Polícia Federal.
O empresário tentou vários recursos judiciais para transferir o caso para Justiça do Estado, mas foi derrotado em várias instâncias e terminou sendo julgado na esfera federal.
Outro lado – o advogado de defesa de Josino, Waldir Rodrigues Caldas, não foi encontrado para comentar a nova data de julgamento.