Soldados do Corpo de Bombeiros realizaram o resgate de uma jararaca-do-mato-grosso (Bothrops mattogrossensis), ontem à tarde, após ficar presa no compartimento de uma motocicleta, na região central de Alta Floresta. Não houve registro de incidentes envolvendo o contato com o animal. Conforme apurado pela corporação, o proprietário preparava-se para sair com a moto, quando abriu o bagageiro e se deparou com a serpente.
As autoridades foram informadas e prosseguiram com a captura, através de equipamentos convencionais (tais como o gancho e pinça de manejo). A cobra, que estava sadia e sem ferimentos aparentes, foi transportada até a 7ª Companhia Independente dos Bombeiros Militares. Esta manhã, o animal foi levado para área de mata ciliar e devolvida à natureza.
Apesar de ser comumente associada à região sudeste, o instituto Butantan informa que existem diversas espécies de jararaca por todo o país. As fêmeas da espécie são maiores que os machos, podendo alcançar cerca de 1,5 metro de comprimento. Essa diferença ocorre pela necessidade fisiológica de espaço em relação aos embriões (a reprodução e vivípara).
Uma característica típica dessa serpente, segundo a organização, é o policromatismo que a permite assumir tons entre marrom, esverdeado, amarelado e cinza, com manchas em forma de ferradura na lateral do corpo. Ela habita campos cultivados, matagais, savanas e florestas semitropicais de terras altas, onde alimenta principalmente de pequenos anfíbios.
Ainda segundo o Butantan, a espécie é peçonhenta e sua picada pode ocasionar sintomas como dor e inchaço local, com manchas arroxeadas e sangramento no ferimento. Também podem ocorrer sangramentos em mucosas, como nas gengivas e nariz. As complicações podem provocar infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal aguda.
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