Os investigadores e escrivães da Polícia Civil se uniram para discutirem em assembleia conjunta aos demais sindicatos, ontem, na sede do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso (Sinpol), os problemas gerados com a sanção do pacote de medidas do governo do Estado, aprovado recentemente pela Assembleia Legislativa.
De acordo com a presidente do Sinpol, Edleusa Mesquita, o foco das discussões foram as leis que o Legislativo aprovou e provocaram um descontentamento geral nas categorias, por causa das perdas de direitos causadas aos servidores públicos do Executivo Estadual. Ela disse que esta iniciativa faz parte da reação das categorias às investidas do Governo contra os direitos dos policiais.
Reagir contra o sobreaviso é uma possibilidade que já começou a ser discutida junto com os sindicalizados. “Como o sobreaviso não está previsto em lei, isto é, não consta de nossa lei orgânica, fica bem claro que nós não somos obrigados a cumpri-lo. E agir dessa forma não significa que estamos descomprimido nada, mas tão somente atuando dentro dos princípios legais”, completou.
Na última terça-feira, profissionais da Educação e de outros setores paralisaram as atividades em todo o Estado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), o governo atrasou e parcelou o 13º dos servidores que receberiam em novembro e dezembro, além de ter parcelado salários “argumentando crise, no 4º Estado que mais arrecada no pais, instituiu um decreto de calamidade, que suspende o direito as leis de carreira e a correção da inflação nos salários. Somada a essas medidas editou o pacote das maldades, com leis que engessam as carreiras impactando na qualidade dos serviços públicos”, consta no trecho da nota.
No dia 28 deste mês, será paga a segunda das quatro parcelas do 13º salário remanescentes de 2018, para quem nasceu nos meses de novembro, dezembro e os servidores comissionados não efetivos.
“Não vamos aceitar o ataque aos servidores e aos serviços públicos, bem como o desmonte de direitos, com argumentos economicistas. Tampouco aceitaremos corte de gastos quando se mantém privilégios dos setores do agronegócio e poderes Legislativo e Judiciário”, disse o presidente do Sintep Sinop, Valdeir Pereira, através da assessoria.
O governo anunciou parcelamento dos salários de janeiro dos servidores. Segundo a assessoria, hoje foram pagos todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas que ganham até R$ 5 mil. Com isso, serão quitados 65% da folha, em um total de R$ 330 milhões.
Os servidores ativos, aposentados e pensionistas que recebem acima de R$ 5 mil, vão receber em mais duas parcelas. Na próxima quinta-feira, dia 14, serão pagos mais R$ 2.000,00 a todos , num total de R$ 56.283 milhões.
Conforme Só Notícias já informou, os deputados aprovaram no dia 24 do mês passado o ‘pacotão’ de projetos de autoria do governo Mauro Mendes para condicionar o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores desde que o governo tenha condições financeiras, a unificação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) aumentando a contribuição dos produtores para o Estado receber cerca de R$ 500 milhões, extinção de nove secretarias, crição uma nova versão da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), dentre outras medidas.
A última parcela será quitada no dia 25 e servirá para pagar o restante dos valores aos servidores que recebem acima de R$ 7.000,00, liquidando toda a folha de janeiro de 2019.