A Polícia Rodoviária Federal confirmou, ao Só Notícias, que pelo menos 200 pessoas que fazem parte do Comissão Pastoral da Terra (CPT) voltaram a bloquear a rodovia no quilômetro 943, nas proximidades de uma comunidade católica entre os municípios de Nova Santa Helena e Itaúba (100 quilômetros de Sinop). A pista que havia sido interditada hoje, por volta das 7h30, foi desbloqueada as 11h e tornou a ser ocupada às 13h. Segundo os organizadores a previsão é volte a ser liberada às 17h.
De acordo com a PRF, pela manhã o congestionamento chegou a três quilômetros, nos dois sentidos da rodovia. O protesto segue pacífico. Não houve registro de ocorrências.
De acordo com informações de um policial, pela manhã, os líderes do manifesto entregaram no posto fiscal da PRF, em Itaúba, a pauta de reivindicações. De acordo com o documento, o movimento está sendo feito por integrantes de quatro acampamentos, que estão localizados nos municípios de Nova Canaã do Norte (Irmã Dorothy Stang), Novo Mundo (União Recanto Cinco Estrelas e Boa Esperança), Nova Guarita (Renascer).
Eles cobram a vinda de um técnico para vistoriar uma fazenda no município de Nova Canaã do Norte para desapropriação e reforma agrária. Eles pedem que o Incra faça um levantamento em todos os acampamentos das famílias que estão cadastradas no CadÚnico, para receberem o auxílio de cestas básicas. Também reivindicam que a Justiça Federal cumpra a missão de posse concedida aos sem terras pelo juiz, Murilo Mendes, em uma fazenda no mesmo município.
Os manifestantes de Novo Mundo, cobram agilidade no processo de retomada de uma fazenda de interesse da União Federal para assentamento. Segundo o documento, o processo está concluso para julgamento no Tribunal Regional em Sinop.
Os integrantes do acampamento Renascer de Nova Guarita, cobram que o juiz federal Marcel Queiroz sentencie com tutela antecipada as áreas da União Federal para fins de reforma agrária.
A acampada Maura Alves de Amorim explicou que rodovia será fechada de quatro em quatro horas. “Nós trancamos porque queremos uma resposta do juiz. Ele deu sentença em uma área para fazer um plano de assentamento. Foi determinado 90 dias para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) fazer o plano de ocupação, que foi concluído em 40 dias. A gora está faltando apenas a autorização para cortar os lotes e fazemos o assentamento de 96 famílias”.
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