A Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense em Cuiabá confirmou, ao Só Notícias, que os restos mortais encontrados enterrados no banheiro de uma residência no Jardim das Palmeiras, em Sinop, mês passado, começam a ser analisados a partir dessa semana. O exame de DNA em corpos em fase de esqueletização demandam tempo, considerando a necessidade de repetições em todo processo, caso a carga genética do material inicial não seja o suficiente para a análise, especialmente em amostras altamente degradadas. Todo o processo compreende a diluição do material, extração, amplificação, e comparação.
O procedimento é para confirmar oficialmente se os restos mortais são de Luzineide Leal Militão, desaparecida em 1994 e que foi encontrada no dia 2 de agosto após o assassino, o então marido dela, Jairo Narcísico da Silva, 64 anos, ter procurado a polícia, confessado ter matado, enterrado o corpo e indicado para policiais e peritos onde ocultou o cadáver.
O corpo foi enterrado onde, na época, estava sendo construído um banheiro, anexo à residência. Anteriormente, o delegado Ugo Ângelo Reck de Mendonça detalhou que Jairo “concretou com bastante cimento, quase 20 centímetros”, “colocou madeira nas laterais (buraco), simulando um caixão e uma tampa como se fosse um caixão”. O delegado explicou também que o corpo estava “dobrado”. “Como o banheiro estava em construção, havia algumas ferramentas à mão e ficou mais fácil dele fazer o que fez. Ainda não tinha concretado o banheiro e ele inclusive concretou depois”.
As irmãs de Luzineide reconheceram a carteira de identidade e alguns objetos pessoais quando os restos mortais foram localizados. Ela foi morta quando tinha 28 anos. Jairo, que na época do crime estava com 40 anos, alegou arrependimento e foi à delegacia, confessou o assassinato e ocultação de cadáver porque tinha muito ciúmes da mulher.
Ele responderá só pelo crime de ocultação de cadáver em liberdade. O crime de homicídio prescreveu devido ao tempo.