Hoje completam-se 3 meses em que Sinop foi cenário do grave acidente aéreo, que resultou na morte de um piloto e um bebê recém-nascido. A aeronáutica ainda não enviou o laudo pericial para a delegacia municipal de Sinop, que apura, em inquérito, as duas mortes.
O delegado Richard Damasceno Lage explicou ao Só Notícias que enviou cartas precatórias solicitando o depoimento do médico Eular Preza, da mãe do bebê que morreu, Marlene Aparecida Amorin, e do enfermeiro Wagner Vieira, três dos quatro sobreviventes do acidente.
O major Sérgio Alexandre Ráu, do Serac 6 – Serviço Regional de Aviação Civil, que investiga acidentes aéreos no centro-Oeste e no Tocantins, esteve em Sinop, coletando material fotográfico, documentos e depoimentos para auxiliar na apuração das causas do acidente.
A apuração da responsabilidade no acidente é feita pela Polícia Civil.
A queda do avião monomotor Corisco, em Sinop, deixou dois mortos e 4 feridos. O piloto Ademar Maciel da Silva, 47 anos, e o pequeno Maycon Amorin, de apenas 7 dias de vida, não resistiram e faleceram. Ficaram feridos o médico, de 26 anos, o enfermeiro Wagner, de 28 anos, a recém-nascida Maria Eduarda e a mãe Marlene.
O piloto e o médico tinham se deslocado a Juína e estavam seguindo a Sinop com as crianças recém-nascidas em uma incubadora onde receberiam atendimento em UTI. A 10 milhas do aeroporto de Sinop, na região Sudoeste, a aeronave caiu em uma mata. O médico Euler conseguiu ligar, do celular, para a empresa de saúde que trabalha em Cuiabá e comunicou o acidente. Ele ainda pediu que eles enviassem mais ambulâncias UTIs.
As buscas começaram por voluntários, bombeiros e policiais que percorreram várias fazendas que estariam ” na rota” por onde o Corisco havia passado. A escuridão, a mata e a falta de informações precisas impediram a localização das vítimas, que só foram resgatadas depois de 20 horas, por uma equipe do Grupamento Aéreo do Ministério da Aeronáutica.