Cerca de 100 índios das etnias Arara e Cinta-Larga permanecem na entrada da Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Dardanelos, localizada em Aripuanã. De acordo com o capitão da PM, Anderson Luiz da Silva, que acompanha as negociações, eles estão armados com arco e flecha e devem intensificar o movimento com mais indígenas. Os dirigentes da empresa que estavam impedidos de sair já foram liberados e, neste momento, não funcionários na hidrelétrica.
Os indígenas cobram a cessão de 2 ônibus e a construção de moradias, que foram prometidas no Plano Básico de Meio Ambiente, em 2010, para compensar os danos causados pela obra a cerca de 1 mil indígenas da região. Os itens foram acordados durante o processo de negociação para construção do empreendimento, mas ainda não foram cumpridos. Uma reunião para a entrega da lista de reivindicações, está ocorrendo, neste momento, em Cuiabá.
Conforme Só Notícias já informou, os índios prometem sair da UHE somente após receberem as compensações pelos danos ambiental e social na região. O sítio arqueológico foi implodido para viabilizar a construção do empreendimento, que tem capacidade para gerar 261 megawatts de energia a partir do rio Aripuanã. Os ônibus solicitados servirão para os indígenas se deslocarem para atividades da comunidade no centro da cidade e eventos.
Em dezembro, a usina já havia sido invadida pelos índios para cobrar outros itens previstos no PBA. Eles receberam viaturas para fiscalização após a manifestação. Porém, reclamam das demais reivindicações junto à empresa Energética Águas da Pedra. A construção da UHE foi concluída ano passado, após 3 anos de obras, mas ainda não está em operação. Ainda falta viabilizar uma linha de transmissão ao Sistema Nacional de Energia.