Foi libertado o servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Colíder que ficou quatro dias refém de índios da aldeia Kapote, próxima ao município de Vila Rica. Ele só foi colocado em liberdade depois que uma equipe da Polícia Federal e da Funai negociaram com os líderes indígenas.
O servidor disse que o acesso da aldeia é feita apenas por avião porque "as estradas ficam alagadas neste período. Eles só me liberaram porque a Polícia Federal e a Funai fizeram algumas promessas para eles, que reclamam da ausência da fundação, da ação de pistoleiros que aterrorizam a aldeia e também das pousadas que se aproximam da região".
Durante os quatro dias ele ficou e amarrado em uma placa, quase sem roupa, passou fome e sede, foi torturado com abelhas, tomou chuva e sol, e não sabia se sairia dali vivo. "Eu só sabia que era dia e noite porque clareava e escurecia, mas perdi noção de data. Pensei que nunca ia sair de lá".
O servidor disse também que não conseguiu contato com a Funai durante esse período e que somente após a esposa entrar em contato que pediu socorro. O reforço para negociar com os indígenas só foi ao local após divulgação das informações por televisões, sites de notícias e jornais.