Depois de ficar sete dias retido por índios de várias etnias, em Juína, o servidor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Miguel Foti, foi liberado ontem à tarde. Os índios tomaram a decisão após receber uma carta da fundação, atendendo parte das reivindicações feitas.
Ele foi levado pelos índios até o núcleo operacional da Funai em Juína, onde seguiu para um hotel onde estão hospedados policiais federais, que estão na cidade para fazer os levantamentos do ocorrido. Foti será ouvido hoje de manhã.
O movimento indígena, que começou a mais de 10 dias com o bloqueio da ponte sobre o Rio Juruena na MT 170 (670km de Cuiabá), teve nove etnias envolvidas. Os índios querem assistência de saúde nas aldeias, nos pólos e casas de saúde indígenas da região.
Também cobram solução para suspender a construção das PCH’S no alto Juruena, compensação dos impactos causados pela PCH Juina construída na reserva dos povos Cinta Largas, estudos de impactos ambientais e compensação dos prejuízos causados com a construção da Hidrelétrica Dardanelos em Aripuanã, exigem ainda que a prefeitura aplique diretamente nas aldeias 40% dos recursos do ICMS Ecológico.
Além das manifestações, um grupo ocupa a sede da Funasa em Cuiabá, desde segunda-feira, e aguarda representantes do órgão para negociar.