Dando prosseguimento às atividades de valorização e de uso sustentável da biodiversidade, a Coordenação Geral de Desenvolvimento Comunitário da Funai (CGDC), em parceria com a Administração Regional de Colíder, vem capacitando os índios no manejo de apis e meliponas para a extração de mel e seus subprodutos.
Ainda em estágio inicial, mas numa escala crescente, alguns índios têm demonstrado grande interesse na extração do mel como mais uma atividade a agregar valor à biodiversidade local. Atualmente, técnicos da CGDC e da administração de Colíder concentram esforços para a obtenção do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F.), junto ao Ministério da Agricultura –licenciamento imprescindível à comercialização do mel em território nacional e estrangeiro.
As novidades, entretanto, não param por aí. A aldeia de Piaraçú conta com um pequizal de aproximadamente 5000 pés. A grande maioria está em produção. A Funai iniciou o processo de aquisição de maquinário para a desidratação da fruta, enquanto o governo do Estado de Mato Grosso comprometeu-se construir a estrutura para abrigar a unidade de beneficiamento do pequi. Com isso, espera-se fornecer ao mercado um produto que pode ser consumido durante todo o ano.
Diante de todas estas experiências, o grande desafio é alcançar o mercado consumidor e promover estratégias de agregação de valor ao produto. Para isso, técnicos da CGDC e da administração da Funai em Colíder buscam a obtenção de uma certificação para o território Mebengokre, para valorizar ainda mais o trabalho indígena.