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Índios continuam protestando contra transferência da seda da Funai para Juína

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Cerca de 400 índios das tribos Bacairi, Imutina, Chiquitano, Bororo, Terena estão desde segunda-feira (31) ocupando a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Cuiabá, para impedir que a sede da Funai regional seja transferida para a cidade de Juína, distante cerca de 720 quilômetros da capital matogrossense.

De acordo com a cacique Dulcinéia Imutina, da tribo Imutina, a transferência prejudica as tribos que vivem perto da Funai. “Nós queremos que a Funai continue aqui, porque em Juína o acesso vai ficar muito difícil, nós queremos a permanência dela aqui e que seja construída outra sede lá em Juína”, afimou a cacique.

Ontem (3) representantes da Funai e da assessoria do governo do estado do Mato Grosso se reuniram para tratar dos problemas relativos à mudança da administração de Cuiabá para Juína. Segundo o administrador substituto da administração executiva da Funai em Juína, Antônio Carlos Ferreira de Aquino, a intenção da Funai é ficar mais perto das comunidades indígenas.

“Queremos descentralizar as unidades para que estejam mais próximas das aldeias. A justificativa dos índios não encaixa com a realidade da Funai. Por exemplo, a aldeia Imutina está na região médio-norte de Mato Grosso, a 67 quilômetros da cidade de Tangará da Serra, onde existe uma administração executiva regional da Funai que também atende os índios e a 140 quilômetros da sede em Cuiabá. Quer dizer, ela está mais perto de Tangará da Serra do que de Cuiabá. E a cidade de Juína é uma região muito pobre, que necessita de uma sede da Funai para dar mais apoio aos índios”, rebateu.

A sede da Funai em Cuiabá vai funcionar agora como Núcleo Operacional. Segundo Aquino, os índios vão continuar sendo atendidos pelos funcionários. “ A sede vai continuar aberta, com os equipamentos, nenhuma caneta saiu de lá. Não há a necessidade da construção de outra sede. A informação que foi passada às comunidades não foi bem explicada, foi distorcida, e agora eles não aceitam que sejam esclarecidas pelos servidores regionais e, sim, pelo poder maior da Funai, que fica em Brasília”, disse Aquino.

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