Pela primeira vez, o índice de furto de energia ficou abaixo do limite estipulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O índice, chamado formalmente “Perdas não técnicas sobre o mercado de baixa tensão”, é medido mensalmente pela concessionária. A distribuidora mato-grossense conseguiu fechar fevereiro com 6,96% e o mês de março com 6,8% – quando o limite definido pela Aneel é de 7,24%. Um cenário bem diferente dos 18,6% registrados em 2011.
“Essa é uma redução que deve ser comemorada não somente pela empresa, do ponto de vista técnico. A redução é uma conquista importante para a sociedade e o estado, já que o furto é um crime previsto em lei. Portanto, o que temos também é um indicador social, de cidadania”, pondera o diretor-presidente da empresa, Wilson Couto.
O índice começou a ser acompanhado pela Aneel em 2008, pois antes o foco eram as perdas totais – que englobam também as chamadas perdas técnicas. Desde então, a empresa vem trabalhando para alcançar a meta, com uma série de ações de fiscalização, investimento em tecnologia, aumento do número de equipes especializadas, mudança no foco das inspeções e outras. A empresa usa sistemas e equipamentos de última geração para detectar as ações fraudulentas, executa obras que dificultam o acesso à rede e investe no reforço e no desenvolvimento das equipes de inspeção.
A distribuidora ainda conta com o Energisa na Comunidade, programa social que busca negociar os débitos atrasados de maneira mais flexível, com maior número de parcelas e redução de juros, para que o consumidor possa sair da clandestinidade e voltar a estar em dia com distribuidora. Criada há três anos, a iniciativa se tornou um marco da distribuidora mato-grossense. Desde o início do projeto, em janeiro de 2012, aproximadamente 24 mil pessoas foram atendidas e 83.874 serviços realizados nas 67 edições – sempre com atendimento itinerante, em bairros de Cuiabá e Várzea Grande ou municípios do interior.
“Os resultados que estamos alcançando devem sim ser comemorados. É histórico e muito gratificante, pois é fruto de um trabalho duro realizado pela empresa nos últimos anos”, diz Marcelo Onoe, gerente de Combate a Perdas da empresa. Além de ser crime previsto no Código Penal, o furto de energia traz riscos à segurança e pode interferir na qualidade da energia em locais de grande incidência de fraudes.