No ano passado, o número de indenizações pagas pelo Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat) foi 20% maior que o de 2013, passando de 633 mil pessoas atendidas para 763 mil. Das indenizações pagas no período, 76% foram destinadas a vítimas de acidentes com motocicletas, embora esse veículo represente apenas 27% da frota nacional.
Ao todo, R$ 3,9 bilhões foram pagos a pessoas que sofreram acidentes em ruas e estradas no país.
Entre os indenizados, mais de 580 mil foram vítimas de acidentes com motocicletas. Destas, 88% são do sexo masculino, 82% indenizadas por invalidez permanente e 4% por morte. Dos indenizados do Dpvat em 2014 por morte, 88% dos registros envolveram motos.
Os acidentes com automóveis representaram 19% (147.012) das indenizações pagas, enquanto os com picapes e vans somaram 3% (21.855).
O balanço foi divulgado pela Líder-Dpvat, seguradora responsável pelo seguro. De acordo com a empresa, 78% das indenizações foram pagas por invalidez permanente, 15% para reembolso de despesas médicas e 7% por morte.
Das 763 mil vítimas de trânsito que requereram o seguro no ano passado, 75% são homens. Os jovens entre 18 e 24 anos representam 24% das vítimas, enquanto o grupo entre 25 e 34 anos alcançou 28%. A faixa etária de 35 a 44 anos representa 19% dos acidentados e a mesma porcentagem vale para a de 45 a 64 anos.
Das indenizações pagas por morte, 50% (25.889) foram destinadas a motoristas (sendo 16.356 motociclistas), 31% (16.252) a pedestres e 19% (21.776) a passageiros, que também têm direito ao seguro quando vítimas de acidentes de trânsito.
O Dpvat é um seguro obrigatório para veículos automotores e dá direito a três tipos de cobertura aos envolvidos em acidentes de trânsito: morte (R$ 13.500 por causa da família), invalidez permanente (até R$ 13.500, variando conforme a gravidade da lesão) e Reembolso de Despesas Médicas e Hospitalares (até R$ 2.700, de acordo com despesas comprovadas e valor limite de tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).