A portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que delimitou as áreas de emergência fitossanitária para a praga Helicoverpa armigera em Mato Grosso foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (15). Ao todo, 98 municípios estão na lista de áreas afetadas pela lagarta. Com a portaria, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) se preparara para publicar a instrução normativa que vai definir como será feito o combate à praga.
A partir desta quinta-feira (16) o órgão estadual se reúne com representantes do setor produtivo e com a superintendência do Mapa em Mato Grosso para discutir as ações emergenciais. O coordenador de defesa sanitário-vegetal do Indea-MT, Ronaldo Medeiros, explica que serão publicadas recomendações aos produtores rurais, entre elas o vazio sanitário, o calendário de plantio, implantação de área de refúgio e o uso de sementes mais resistentes à Helicoverpa armigera.
Outra medida é a importação do princípio ativo benzoato de emamectina. Com a Portaria nº 32/2014, que delimitou as áreas afetadas pela praga, o Indea-MT pode publicar as normas para a importação do produto. “Trata-se de um conjunto de medidas importantes para reduzir a proliferação da praga”, destaca Medeiros. A previsão é que a instrução normativa referente à importação do defensivo e as recomendações sejam publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) na próxima semana.
A partir da primeira detecção da lagarta no estado, o Indea-MT iniciou um mapeamento da presença da praga em Mato Grosso. A praga ataca culturas como soja, milho e algodão e era considerada inexistente no Brasil até ser registrada no estado da Bahia. Em novembro de 2013, o Ministério da Agricultura publicou a portaria nº 1.130, que declarou estado de emergência fitossanitária ao ataque da praga em áreas produtoras de Mato Grosso.