Em 2015 o número de pessoas com deficiência incluídas no mercado de trabalho em Mato Grosso cresceu 20% em relação a 2014. Em pleno ano de Copa do Mundo na capital do Estado, o Sine encaminhou 1.056 PCDs para entrevistas, dos quais 183 foram colocadas. Já em 2015, o número de colocados subiu para 217,de um total de 1.434 encaminhamentos.
Para o secretário de Estado de Trabalho e Assistência Social, Valdiney de Arruda, estes dados já são reflexo da política de inclusão social e produtiva implementada pelo Governo do Estado por meio do Emprega Rede. “Trata-se de um programa voltado à inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade, nas quais estão inseridas as pessoas com deficiência, além de idosos, jovens, mulheres vítimas de violência, estrangeiros, egressos do trabalho escravo e infantil”.
Somente no ano passado, após o lançamento do Emprega Rede em julho, o Sine abriu de uma só vez 450 vagas para PCDs em Mato Grosso durante o Dia D de Inclusão realizado em Cuiabá e em vários municípios do interior.
Um dos beneficiados por este novo modelo de inclusão é Victor Rodrigues, que em menos de dois meses conseguiu uma colocação. “Quando eu decidi entrar para o mercado, procurei o Sine e logo fui contratado”, comemora.
Hoje mais uma ação foi promovida para ampliar as possibilidades de emprego para este público. A Superintendência Regional do Trabalho, Emprego e Previdência (SRTEP/MT), em parceria com a Setas e o Sistema S, reuniu um grupo de empresários para falar da importância da inclusão do PCD, não só para cumprir a legislação, mas da valorização das potencialidades do ser humano.
“Por meio do Emprega Rede, o Estado está atraindo este público, oferecendo qualificação e inclusive, atendimento psicossocial para diminuir as barreiras. E agora estamos contando com a parceria da Superintendência Regional do Trabalho para sensibilizar os empresários no sentido de que precisam se atentar a acessibilidade e a necessidade de adequações da sua empresa para receber as pessoas com deficiência”, explica Valdiney Arruda.
Marco Antônio Ferreira Costa, auditor fiscal do trabalho, falou aos empresários sobre o Artigo 93 da Lei 8.213, que determina às empresas com 100 ou mais empregados a obrigatoriedade de preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoas com deficiência habilitadas.
Porém, ele fez uma importante observação: “a empresa deve contratar o trabalhador e não a deficiência, escutar a pessoa com deficiência e assumir a sua qualificação profissional. Além disso deve fazer trabalhos de quebras de barreiras, e reduziu ou eliminar a discriminação e o assédio moral, dispensas sem justa causa e pedidos de demissão”.
Representando a Unidade de Educação Profissional e Tecnológica do Senai/MT, Denise Torres Molina apresentou aos empresários o Estudo Profissiográfico Inclusivo, uma ferramenta que o sistema oferece para identificar as necessidades e dificuldades das empresas para que seus postos produtivos sejam ocupados por pessoas com deficiência, cumprindo o dispositivo legal.
“O estudo permite que seja identificado e verificado todos os cargos e funções dentro da indústria, a partir de um olhar interdisciplinar de profissionais especialista aptos em processos e riscos de segurança nos espaços laborais”.