O período chuvoso começou mais cedo este ano e chegou com muitos temporais, com raios e ventos fortes. Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 2,95 milhões de raios atingiram Mato Grosso apenas em outubro. O número é quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, que teve 1,58 milhões. Para enfrentar as emergências e atenuar os transtornos provocados pelos temporais, a concessionária de energia investiu em melhorias nos equipamentos, na aquisição de veículos, em treinamentos e em uma nova subestação móvel, além de ter preparado um plano de contingência diferenciado para este ano.
O valor investido pela distribuidora para reestabelecer o fornecimento de energia o mais depressa possível ultrapassa R$ 56 milhões. Somente na aquisição de novos veículos e equipamentos para uso das equipes contratadas foram investidos R$ 36 milhões de janeiro até hoje. A frota e as ferramentas antigas também foram substituídas, com investimentos no montante de R$ 7,6 milhões. Somados a isso, entram os valores investidos em treinamento, que ultrapassam os R$ 3 milhões, e do desenvolvimento de uma nova subestação móvel, que custou R$ 9,7 milhões.
O sistema elétrico está naturalmente sujeito a defeitos causados pelos ventos fortes, chuvas e raios. As interrupções provocadas podem ser de curta ou de maior duração, dependendo da causa. “O período chuvoso de 2015 começou com maior incidência de raios e com ventos fortes. Temos trabalhado de forma organizada para restabelecer o fornecimento de energia o mais depressa possível em todas as regiões do Estado”, afirma o gerente de Operação da Energia Mato Grosso, Sidney Tavares.
Sidney explica o novo modelo de organização das equipes na região da capital, com novas bases no Coxipó, CPA e Várzea Grande. “Essas bases descentralizadas permitem que os eletricistas cheguem muito mais rápido ao local de trabalho e atendam às ocorrências com muito mais agilidade, pois passam menos tempo no trânsito”, conta. As novas bases serão inauguradas na próxima semana. Todo o trabalho no interior do Estado foi reorganizado de forma parecida, de modo a posicionar as equipes sempre nos locais mais estratégicos.