O fogo no Parque Estadual Serra Azul continua avançando e 75% da área já foi destruída pelas chamas que tiveram início há sete dias. O combate ao incêndio recebeu o apoio de homens do Exército, que juntaram-se aos brigadistas e bombeiros que tentam controlar as chamas desde o início da semana. O secretário de Comunicação da Prefeitura Barra do Garças (região Leste), Vaner Lima, aponta que além da dificuldade natural em combater o fogo, alguns moradores do entorno do Parque iniciaram novas queimadas. Explica que existiam cinco grandes focos, que tiveram parte do fogo apagado, porém as novas ações de moradores terminaram por espalhar as chamas.
O Serra Azul tem 11 mil hectares de área e é conhecido pela quantidade de aves que habitam no local. O gerente do Parque, Pedro Santiago, relata que a área de preservação tem seguramente pelo menos 35 espécie de mamíferos. “A flora e a fauna foram prejudicados com a queimada”.
O levantamento do prejuízo ao meio ambiente terá início assim que o incêndio for completamente acabado. Santiago estima que em mais dois dias de trabalho o fogo estará extinto completamente. “Estamos com 80% dos focos controlados e acreditamos que serão totalmente apagados nos próximos dias”.
A área queimada contava com grande acúmulo de vegetação rasteira e material orgânico, o que gerou muita fumaça. Lima aponta que a proximidade do Parque com Barra do Garças, quatro quilômetros, e o excesso de fumaça fizeram com que a procura por atendimento médico no Pronto-Atendi-mento da cidade aumentasse em 50%, a maioria é criança e idosos com problemas respiratórios. Com o tempo seco e a baixa umidade do ar, o fogo alastra de forma mais rápida e deixa o ambiente ainda mais seco.
A equipe com brigadistas e bombeiros conta com 38 homens que receberam apoio de pelo menos 30 soldados do Exército. O trabalho é realizado com abafadores, bombas de água, caminhões do Corpo de Bombeiros de combate a incêndio e aeronave que “despeja” cerca de três mil litros de água por voo. O incêndio no Parque começou em uma chácara, onde os moradores improvisaram um fogão do lado de fora da casa.