O gerente do Instituto Médico Legal (IML), Leonardo Neri, confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que afogamento foi a causa da morte da estudante de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rafaela Teixeira de Almeida, 22 anos, que se envolveu em um acidente de carro no centro, no último sábado (30). “Ela morreu afogada. Não constamos nenhuma outra lesão no corpo dela”, resumiu Leonardo.
Em Sinop, o velório da jovem teve duração de apenas duas horas no memorial Luz e Vida, na avenida das Embaúbas. Em seguida, o corpo foi levado, ainda no domingo, até Cuiabá, de onde seguiu de avião até o Rio de Janeiro (RJ). De lá, foi encaminhado para Juiz de Fora (MG), onde foi velado ontem à noite. O sepultamento ocorreu hoje, no cemitério Parque da Saudade, no município mineiro.
Conforme Só Notícias já informou, o acidente ocorreu, na madrugada de domingo. Rafaela estava em um Kia Sorento, preto, que acabou caindo na vala de escoamento de água, no cruzamento entre as avenidas dos Ingás e Embaúbas. A jovem chegou a ser encaminhada para o Hospital Regional, no entanto, não resistiu aos ferimentos e faleceu.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por moradores, que informaram sobre o acidente. No local, os policiais encontraram o veículo capotado dentro da vala. Rafaela estava submersa “de cabeça para baixo” na água. Com apoio de moradores, os policiais conseguiram retirar o carro de cima da estudante.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local e, imediatamente, encaminhou a jovem para o Hospital Regional. Na unidade, os médicos ainda tentaram reanimá-la, porém, não obtiveram êxito.
Quatro amigos de Rafaela contaram que estavam em um bar, no centro, fazendo uma despedida para ela, que havia desistido do curso de Medicina na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Segundo eles, a estudante pretendia ir embora nesta segunda-feira e voltar para Juiz de Fora. Conforme a versão das testemunhas, todos haviam ingerido bebidas alcoólicas. No boletim, não é descrita a versão deles sobre as circunstâncias do acidente.
A condutora do carro, que tem 32 anos, foi conduzida para a delegacia municipal, onde prestou depoimento e foi liberada. Os policiais militares que atenderam a ocorrência registraram um “auto de constatação de embriaguez”. No documento, eles relatam que a motorista aparentava estar alcoolizada e se recusou a fazer o teste do bafômetro.
Rafaela era natural de Juiz de Fora (MG) e morava com colegas do curso de Medicina, em uma residência localizada na avenida das Palmeiras, no Jardim das Palmeiras. As causas e responsabilidades pelo acidente passam a ser apuradas, assim como a versão contada pelas testemunhas.
O caso é investigado pela Polícia Civil e a condutora deve responder processo, em liberdade, por homicídio culposo (sem intenção de matar) informou, através da assessoria, o delegado Carlos Muniz. A motorista prestou socorro a amiga.
(Atualizada às 17:31h)