O Instituto Chico Mendes (ICMBio) fará por até 400 dias monitoramento da onça pintada que foi solta, ontem, no Pantanal depois de se recuperar dos ferimentos causados por incêndios florestais. A ação será feita por rádio-colar com GPS que permitirá o acompanhamento de sua readaptação. A partir do rádio-colar será possível monitorar sua localização e saber o seu comportamento, explica o analista ambiental do ICMBio Ronaldo Morato. “Nossa maior preocupação é saber se o Ousado terá sucesso na sua readaptação, se está caçando, se alimentando, aonde está indo. Ele poderá ficar com o colar por até 400 dias, após esse tempo ele cai sozinho. Será interessante pois poderemos avaliar o comportamento do animal também no período após as queimadas “, afirma Morato.
Ousado foi solto no mesmo local em que foi resgatado, no Parque Estadual Encontro das Águas, no Pantanal, depois de passar mais de um mês em recuperação no Instituto Nex, em Goiás. O animal foi encontrado com algumas queimaduras, ferido e desidratado. No instituto ele recebeu tratamento com ozônio e lazer terapia e foi constatado que não teve perda de função de seus membros o que permitiu ser solto novamente na natureza.
De acordo com a coordenadora de Fauna e Recursos Pesqueiros da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Neusa Arenhart, por ser um animal territorialista a soltura no mesmo local em que foi encontrado e onde já tem seu espaço demarcado faz com que ele não precise invadir o espaço de outros animais para buscar alimentos, o que facilita o processo.
Participaram dos processos de resgate e soltura a secretaria de Estado de Meio Ambiente, por meio da Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros e Comitê Estadual de Gestão do Fogo, Corpo de Bombeiros, Instituto Chico Mendes, Ibama, Ampara Animal, ONG Panthera, Universidade Federal de Mato Grosso e o pesquisador Wladimir Domingues, da Universidade de Maringá.