A colheita de soja é feita com supervisão de agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) de Sinop em uma propriedade em Santa Carmem (35 km de Sinop). O chefe de fiscalização, Werikson Trigueiro, explicou, ao Só Notícias, que o plantio é irregular, pois desrespeitou um embargo emitido no ano passado. O descumprimento foi descoberto na quinta-feira (1º). Vinte e um maquinários flagrados em atividade foram apreendidos. Entre eles estão colheitadeiras, tratores, e inclusive plantadeiras, que já semeavam milho na área.
“O Ibama autorizou que a colheita continuasse, com supervisão dos agentes, para que o grão não seja perdido. Eles acompanham o encaminhamento até o armazém. Ao final, vamos saber a quantidade total e, quando o processo for a julgamento, a safra deve ir a leilão”, afirmou o chefe de fiscalização. O plantio foi descoberto a partir de voos com a aeronave do instituto, para levantamento de possíveis focos de desmatamento e também descumprimento de embargos na região.
Werikson explicou que a área, com pouco mais de 2,3 mil hectares, foi embargada em março do ano passado por falta de Licença Ambiental Única (LAU). Porém, em maio foi identificado um foco de desmatamento de 24 hectares. “Como o proprietário já foi notificado pelo descumprimento do embargo uma vez, por conta deste desmatamento, não houve necessidade de notificá-lo mais uma vez”, declarou o chefe de fiscalização. O processo tramita no Ibama em Sinop.
Um caso semelhante já foi registrado em uma propriedade em Nova Ubiratã. Em janeiro, três empresas concluíram a retirada de 1.667,941 toneladas de arroz do tipo cambará produzidas em área embargada e que também foram apreendidas. Segundo o Ibama, o cereal era produzido em uma área superior a 1.319,019 hectares, embargada em 2005, devido a desmates ilegais.
O arroz foi doado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MSD) e leiloado no final dezembro, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).