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Ibama impede desmatamento de 200 hectares de floresta no Nortão

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A operação nacional Onda Verde, deflagrada este mês pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em seis locais estratégicos com riscos de desmatamento ilegal na Amazônia, tem dois pontos localizados em Mato Grosso: Juína e Sinop. Na região de Juína as ações da Onde Verde tiveram início na semana passada (04) e já começaram a dar resultados positivos.

No dia 11, durante o feriadão de Carnaval, agentes ambientais do IBAMA flagraram dois tratores de esteira iniciando o desmatamento de uma floresta dentro do Projeto de Assentamento Tibagi, no município de Brasnorte (a 435 quilômetros de Cuiabá). Segundo informação coletadas pelos agentes, um produtor rural residente no município vizinho, Campo Novo do Parecis, "comprou" dois lotes do referido assentamento com o objetivo de implantar lavoura de soja na área.

Segundo depoimento do proprietário das máquinas, os trabalhos haviam começado no dia anterior. De fato, constatou-se que os tratores derrubaram apenas uma linha no entorno da área a ser derrubada. Na seqüência, com o uso do correntão toda a área delimitada seria desmatada. Com o uso de ferramentas de geoprocessamento, calculou-se o desmate de apenas 4,6 hectares. Todavia, se a equipe de fiscais não tivessem interrompido a ação, um total de 200 hectares de vegetação nativa teria sido derrubado.

Os tratores de esteira, assim como um correntão com aproximadamente 50 metros e uma carreta tanque de combustível de 5000 litros, foram apreendidos. Os proprietários dos bens e da área desmatada também foram autuados pelo Ibama.

A ação fiscalizatória, executada em pleno período de carnaval surpreendeu muitos moradores da região. Segundo o superintendente do Ibama/MT, Marcus Keynes, a presença ostensiva na região deverá evitar o desmatamento da vegetação nativa e, também, monitorar as áreas embargadas anteriormente.

A operação Onda Verde não tem prazo para terminar e contará com cerca de 30 servidores de outros estados. Dados de satélites com maior precisão também serão utilizados. Se antes o sistema apontava áreas degradas a partir de 30 metros quadrados, hoje poderão ser detectadas a partir de cinco metros quadrados. E os agentes do Ibama estarão prontos para agir na região.

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