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Hugo Werle se enrola para explicar patrimônio em depoimento na Polícia Federal

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Com um patrimônio atual correspondente à aproximadamente R$ 450 mil, sem nunca ter acertado na loteria ou em qualquer jogo de premiação, o ex-gerente executivo do Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente -, em Mato Grosso, Hugo José Scheuer Werle, negou no Auto de Qualificação e Interregatório que aconteceu no final da noite de segunda-feira, na sede da Polícia Federal qualquer tipo de participação no esquema de corrupção na corrupção de madeiras da Floresta Amazônica, desmantelada na Operação Curupira.

Ele confirmou apenas que Antônio Luiz Ganancin, um dos presos no escândalo da madeira seria representante do governador Blairo Maggi nas questões referentes à reposição florestal da empresas do governador.

Ao dar seu primeiro depoimento como preso na qualidade de um dos chefões da quadrilha que ganhou quase um bilhão de reais em apenas dois ano na distribuição de guias falsas para a comercialização de madeiras, Hugo Werle negou qualquer movimento no esquema, mas esclareceu que sua nomeação para a Gerência Executiva do Ibama aconteceu graças ao apoio de um grupo onde haviam integrantes do PT, PTB, PL, PP, PC do B e PPS.

Werle não soube informar como que com um salário de R$ 4 mil reais como professor de geografia da UFMT e desde 4 de abril de 2003, quando tomou posse no Ibama, com um salário de R$ 2.700,00, conseguiu um patrimônio de R$ 450 mil, sendo um apartamento, onde reside de R$ 120 mil, aplicações financeiras no Banco do Brasil de R$ 115 mil, outra aplicação no Banco Itaú, de R$ 3 mil, um terreno no Condomínio Residencial Alphaville, avaliado em R$ 80 mil, um carro Blazer, avaliado em R$ 55 mil, um carro Toyota Corolla, no valor de R$ 50 mil, um terreno em Chapada dos Guimarães, avaliado em R$ 9 mil, uma chácara na zona rural de Cuiabá, no valor de R$ 35 mil.

A única informação bombástica no depoimento do ex-gerente executivo do Ibama em Mato Grosso foi quando falou do despachante Antonio Luiz Ganancin, amigos desde 1997. Segundo Hugo Werle, Ganancin seria representante do governador Blairo Maggi nas questões referentes à reposição florestal das empresas do governador e vivia nos corredores do Ibama. Mas assegurou que nunca ouviu falar que o despachante teria pago propinas para fiscais do Ibama afim de que empresas por ele representadas não fosse autuados pelo órgão ambiental.

Com relação as outras acusações, Hugo Werle negou todas. Disse que nunca participou de nenhum esquema de corrupção a empresários da madeira e que nunca soube que qualquer funcionário do Ibama estivesse participando de esquemas espúrios.

Hugo Werle esclareceu também a questão da ajuda financeira que organizou para a campanha de Alexandre César, pelo PT à prefeitura de Cuiabá. Disse que apenas ajudou a organizar um jantar para a arrecadação de fundos de campanha, com a participação do ministro José Dirceu . Segundo seu depoimento, esta participação foi através da compra de convites no valor de R$ 500,00. Confirmou que entre as autoridades presentes estavam o secretário de Indústria e Comércio de Mato Grosso, Alexandre Furlan, o governador Blairo Maggi, o chefe da Casa Civil, Joaquim Sucena, diversos deputados estaduais e federais e o presidente da Federação das Industrias, Nereu Pazini, além de diversos empresários do ramo madeireiro e do ramo moveleiro.

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