Um ofício foi encaminhado pela diretoria do Hospital Regional de Sorriso à Secretaria Estadual de Saúde, hoje, informando que os atendimentos serão reduzidos a partir da próxima quarta-feira (3), caso os repasses financeiros atrasados não sejam depositados. O documento foi emitido pela diretora Lígia Souza Leite, que afirmou por escrito que os atrasos de pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços são referentes ao mês de junho.
No ofício é apontado ainda que medicamentos, gases medicinais e outros produtos necessários para o atendimento são insuficientes para manter a unidade funcionando. A diretora explica que todos os segmentos envolvidos com a manutenção do Hospital Regional concordaram, em reunião, com a redução nos atendimentos até a regularização. Participaram da decisão, segundo ela, prestadores médicos, funcionários do serviço de limpeza, farmácia, além dos departamentos de nutrição, fisioterapia, vigilância, laboratório, entre outros.
Na reunião, foi decidido que, a partir de quarta-feira, todos os usuários do Pronto Atendimento deverão ser regulados entre municípios de origem e médico plantonista, ou via central de regulação de urgência. “A demanda espontânea será contra referenciado ao município de origem, exceto os casos graves”, avisa o documento.
No setor de ginecologia e obstetrícia serão suspensos os atendimentos ambulatoriais. Nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) adulto e neonatal será atendida apenas a demanda interna do hospital, assim como as emergências do Pronto Atendimento e obstetrícia. Ficarão suspensas as cirurgias eletivas. Os exames laboratoriais serão reservados unicamente à demanda interna da unidade. Exames de imagem, no entanto, serão feitos para demanda interna e externa.
O ambulatório cirúrgico (ortopedia, otorrinolaringologia, ginecologia, neurocirurgia, cirurgia geral, urologia, buco-maxilo e outros) terá atendimento somente nos casos de pós-operatórios do próprio hospital. Os demais serão suspensos. No ambulatório de otorrinolaringologia o atendimento continuará normalmente. Por fim, os serviços de limpeza já começaram a operar somente com 30% do quadro de funcionários.
A SES ainda não se pronunciou sobre o assunto.