A Secretaria de Estado de Saúde informou, por meio de nota, que os pagamentos ao Hospital Regional de Sinop são feitos de maneira regular, com exceção dos processos que ainda não foram enviados à secretaria e dos que estão sujeitos à auditoria. A diretoria do hospital alegou incapacidade técnica para recebimento de pacientes.
No comunicado recebido pela prefeitura de Sinop, assinado pelos diretores clínico e técnico do Hospital Regional, Marcelo Naves e Leandro Rodrigues da Silva, argumentam que os recorrentes atrasos de repasses financeiros por parte da secretaria estadual de Saúde, levando a falta de materiais, medicamentos, equipamentos sucateados, além do agravo pela superlotação, faz com que novas internações coloquem em risco atendimento dos pacientes já assistidos pela unidade.
“O que está sendo cobrado são valores pendentes de 2016 relativos a diferenças pleiteadas pela fundação sobre os valores que foram repassados e que estão passíveis de prestação de contas e de auditoria. Levantamentos feitos pela secretaria mostram que de janeiro a dezembro de 2016 o valor transferido para a Fundação Comunitária de Sinop, que administra o Hospital Regional de Sinop, foi de R$ 44.463.843,05”, aponta a nota da secretaria estadual.
O documento afirma ainda que de janeiro a abril deste ano já foram transferidos R$ 13.872.879,05, perfazendo um total de R$ 58.336.722,10 incluindo o ano de 2016. No mês de abril deste ano ainda estão pendentes R$ 1.459.391,15 e na medida em que os processos chegarem à secretaria estadual serão auditados para que os pagamentos sejam feitos. Em 2016 ainda resta pagar o valor de R$ 666.666,67 que está sendo programado para ser quitado.
“A fundação cobra ainda valores de R$ 13 milhões (informados pela própria fundação) pendentes referentes a diferenças pleiteadas no período de fevereiro a agosto de 2016. A documentação enviada à SES, necessária para a prestação de contas, está sendo analisada e auditada. Como a prestação de contas está incompleta, o próprio diretor da fundação, Wellington Randal Arantes, pediu que o prazo fosse prorrogado por mais 90 dias”.
“Portanto, não se justifica a decisão da fundação de suspender as internações e de atender somente casos de urgência e emergência e também a alegação de que faltam recursos para comprar medicamentos e outros insumos necessários. Nesta terça-feira, o diretor da fundação estará em Cuiabá para discutir na secretaria o assunto”, aponta a pasta estadual.