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Hospitais de Sinop, Sorriso, Colíder e Alta Floresta devem reduzir cirurgias por falta de repasse

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Os Hospitais Regionais de Colíder, Alta Floresta, Sorriso, Sinop e a unidade de saúde mental Adauto Botelho, em Cuiabá, reduzirão o número de cirurgias e internações a partir desta semana por falta de fornecimento de rouparia esterilizada e outros enxovais para unidades de atendimento. O fornecimento está prejudicado porque o governo do Estado deixou de pagar R$ 3 milhões – valor referente a cinco meses – à empresa que presta serviço de lavanderia hospitalar e os funcionários entraram em greve por falta de pagamento referente a agosto.

O problema, se não for sanado, poderá prejudicar uma cobertura hospitalar de 650 mil habitantes. A diretora de contratos da Grifort, empresa responsável pelo fornecimento, desinfecção e esterilização de todo enxoval dos hospitais, Mônica Chiamente, informou que vem tentando contornar a situação. “Não temos mais como continuar o serviço em sua totalidade, sem receber pelos serviços que já prestamos. Estamos entregando 30% dos enxovais e garantindo urgências e emergências e as cirurgias que já estavam agendadas. Estamos negativados com nossos fornecedores e agora com nossos 60 funcionários”.

A falta de repasse ocasionou o atraso no salário dos funcionários referente a agosto, dando ensejo à paralisação anunciada pelos colaboradores no dia 23, garantindo apenas 30% das funções e, segundo Mônica Chiamente, poderá ocorrer uma paralisação total em breve por falta de material. Conforme as planilhas de repasse do governo à empresa, nos últimos dois anos o estado deixou de pagar R$ 2.615.390,60 milhões. Somente de janeiro a agosto desse ano, a inadimplência do estado totalizou R$ 1.445.291,06. Entre 2012 e 2014 também ficou saldo devedor para com a empresa, somado em R$ 399.170,36.

Em Cuiabá, o hospital de referência para Saúde Mental, Adauto Botelho possui 120 leitos. Os pacientes realizam três trocas de enxoval por dia, pois muitos têm problemas com incontinência urinária e intestinal. A gravidade da situação é nítida. A falta de enxoval, ou seja, paramentação médica, troca de toalhas e roupas do paciente e equipes oferece graves riscos à população, seja com o cancelamento de cirurgias ou diminuição da troca de enxovais daqueles que já estão internados, elevando riscos de contaminação.

No Portal do Cidadão, através do sistema Fiplan, foi verificado que entre os dias 9 e 19 de setembro, o governo ordenou o pagamento de R$ 28 milhões somente em despesas da Saúde. A empresa já notificou o governo de Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Saúde, além das unidades hospitalares sobre a paralização dos serviços.

No documento, a empresa alega ainda que há indícios de que o Estado não cumpre ordem cronológica de pagamento, em descumprimento com a Lei número 8.666/1993, instituído nas normas para licitações e contratos da Administração Pública.

Outro lado

A Secretaria de Estado de Saúde não se pronunciou sobre o caso.

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