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Homenagens marcam despedida de coronel que comandou PM em Sinop e Tangará

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A cerimônia de despedida do coronel Celso Henrique de Sousa Barboza, 47 anos, foi marcada por homenagens feitas por colegas de farda e do ciclismo, esporte que ele praticava quando sofreu o acidente que o deixou internado por 10 dias e culminou em sua morte, ontem à noite. Durante o velório no auditório do Comando Geral da Polícia Militar, diversas coroas de flores foram entregues por amigos, familiares e autoridades, dentre elas o governador Pedro Taques (PSDB), que fez questão de prestar condolências à família.

Na saída do cortejo foi feita a salva de tiros por policiais militares. O Corpo Musical da Polícia Militar entoou a marcha de despedida e o toque de silêncio, e cerca de 30 ciclistas formaram dois cordões com suas bicicletas, dando o último adeus ao parceiro. A morte do coronel comoveu familiares, amigos e as instituições militares nas quais ele atuou (Exército e PM) e colaborou com seu empenho profissional (Corpo de Bombeiros).

Formado na mesma turma que Celso, em 1993, o superintendente de Planejamento Operacional e Estatística da PM (Spoe), coronel Paulo Serbija, falou de como o amigo era exigente, sempre em busca do melhor para a instituição, família e amigos. “O Celsinho era guerreiro e também uma pessoa que cobrava muito, que sabendo da capacidade de todos, exigia sempre o melhor. Um homem íntegro e trabalhador. Sempre em busca de qualidade de vida, amante dos esportes, ele nos deixou fazendo o que mais gostava, que era pedalar”, resumiu Serbija, que foi companheiro de farda por 22 anos.

Outro que se formou na mesma turma, o tenente-coronel Ibanez Filho, que também é adepto do ciclismo, falou da singela homenagem feita pelos demais colegas ciclistas. “Quisemos prestar uma última homenagem a ele, que era uma pessoa que fomentava a prática e tinha uma paixão enorme pelo ciclismo. Ele que nos deixou justamente no momento em que praticava esse esporte, que une e fortalece as relações de amizade”, disse Ibanez.

Bastante solidário à família, o comandante geral da PM, coronel Gley Alves, salientou a importante contribuição que o coronel Celso deu à instituição. “É uma perda muito grande. O coronel Celso foi, sem sombra de dúvida, um exemplo para a Polícia Militar. Um exemplo de profissionalismo, de empenho e dedicação. É uma perda muito grande”, lamentou Alves.

O cortejo deixou o Comando-geral da PM às 18h em direção ao aeroporto Marechal Rondon. O corpo do coronel foi trasladado para o Rio de Janeiro (RJ), onde residem familiares. Ele tinha 47 anos e deixou mãe, irmã, esposa e um filho do primeiro casamento.

Conforme Só Notícias já informou, Celso estava internado em um hospital particular, em Cuiabá, desde o último dia 20, após ter sido atropelado por um veículo, na BR-070, perto do município de Nossa Senhora do Livramento. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o acidente ocorreu às 8h30, no km 548, quando o condutor, de 45 anos, "teve um mau súbito" e perdeu o controle do veículo.

Após ser atropelado, Celso foi socorrido de helicóptero por uma equipe do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) da Polícia Militar e encaminhado até a unidade médica. Um boletim divulgado, ontem, apontava que o quadro de saúde dele estava apresentando algumas evoluções, apesar da gravidade. A equipe médica informou que ele permanecia em coma induzido, com os sinais vitais mantidos por “equivalentes”. A intenção era reduzir, nos próximos dias, as aplicações de medicamentos para verificar a reação do organismo. O oficial teve traumatismo craniano “muito grave” e também várias fraturas.

Celso Barbosa estava na PM há mais de 22 anos. Ele comandou batalhões em várias cidades do Nortão. De 2011 até o final de 2012, esteve em Sorriso. Depois foi promovido e transferido para Sinop, assumindo o comando regional em janeiro de 2013, onde ficou até março do ano passado. Foi transferido para Tangará da Serra e permaneceu até o início do mês passado, quando retornou para Cuiabá.

Repercussão

O senador Blairo Maggi publicou nota, em sua página, lamentando a morte do coronel. "Sua trajetória na PM foi coroada de êxito pelo profissionalismo com que honrava a sua farda. Oriundo do quadro de armamento bélico do Exército Brasileiro, ele ingressou na Polícia Militar de Mato Grosso em 1993 quando o estado abriu concurso para absorver militares do Exército a fim de formar seu quadro de oficiais".

Em nome do governo estadual, o secretário de Segurança Pública, Fábio Galindo Silvestre, expressou pesar e "o reconhecimento de toda tropa de segurança pela atuação do coronel e ressaltou préstimos aos familiares. Coronel Celso constituiu uma bela história e tem um currículo de relevantes serviços prestados ao povo de Mato Grosso. É uma perda irreparável a todo sistema de segurança e hoje estamos todos em luto, solidarizamos com a família e com todos os membros da Polícia Militar” disse.

(Fotos: Lenine Martins/Sesp)

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