Paulo Roberto Gomes dos Santos, que ficou conhecido ao usar o nome falso de “Francisco Vaccani”, deve ir a júri popular hoje, a partir das 09:00h. É a terceira vez que a data é marcada. Santos, que até 2004 morava em Lucas do Rio Verde onde estava estabelecido como empresário, será julgado pelo assassinato de Rosimeire Maria da Silva, 25 anos.
A juiza Silvia Renata Anffe de Souza presidirá o julgamento na comarca de Juscimeira, onde ocorreu o crime. O advogado de defesa de Paulo, Waldir Caldas, disse à Gazeta que irá atuar com a tese de que ele agiu sob domínio de violência e forte emoção. Caldas disse ainda esperar que dessa vez o julgamento ocorra de fato.
A denúncia é de homicídio triplamente qualificado, feita pelo Ministério Público Estadual. Paulo era casado e mantinha um relacionamento extra-conjugal com Rosimeire. Ao saber, por um detetive particular, que a garota mantinha um relacionamento com outro homem, ele teria cometido o assassinato.
Primeiro, teria convidado a namorada para viajar. Sem saber de nada, Rosemeire foi com ele a um motel em Juscimeira. Ela foi asfixiada dentro da banheira. Em seguida, utilizando um machado que carregava em sua caminhonete, o empresário teria decapitado a jovem e retirado as falanges dos dedos, para dificultar uma identificação.
Após o crime, ele teria jogado a cabeça dela em um rio nas imediações de Juscimeira e ela nunca foi localizada. Paulo foi preso dias após o crime e usava a identidade falsa em nome de Francisco de Angelis Vacanni Lima. Com a descoberta da falsidade ideológica, a polícia soube também que ele era procurado pelo assassinato de um delegado no Rio de Janeiro. Por este crime, ele já foi sentenciado a 13 anos de prisão. Ele cumpre a sentença na penitenciária “Mata Grande”, em Rondonópolis.