Gilmar Souza da Silva foi condenado, ontem, em júri popular, a 27 anos e seis meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, aborto e ocultação de cadáver. Ele matou sua companheira Jéssica Sara Conceição Reis, 15 anos, grávida de 6 meses, em março de 2007, na estrada do Coxipó do Ouro, em Cuiabá. A tese defendida pelo promotor de Justiça que atuou no júri, Célio Wilson Oliveira foi acolhida pelos jurados. Para ele, a pena levou em consideração o fato do homicídio ter sido praticado de forma bárbara. "O réu levou a vítima para um local isolado e utilizando-se de um objeto contundente desferiu vários golpes na cabeça e no rosto da adolescente. Também usou uma faca de cozinha para golpeá-la e, por fim, encravou um pedaço de madeira em seu abdômen. Os ferimentos provocaram a morte de Jéssica e do bebê, filho de Gilmar. O réu ainda ocultou o corpo e decepou o pé direito da vítima", disse.
O promotor ressaltou que, ao ser preso, em 2007,Gilmar confessou o crime, porém, após o depoimento, passou a negá-lo. "Durante o julgamento, negou o crime e apresentou versões contraditórias que não convenceram os jurados", afirmou o membro do Ministério Público. O réu está preso desde 2007 na Penitenciária Central do Estado.