Geovane Rodrigues da Silva foi condenado a 16 anos, três meses e 14 dias de prisão, por envolvimento no homicídio de Nilo Rocha Ramos Júnior, 18 anos. O jovem foi assassinado a tiros, em abril de 2016, na rua Mangueiras, no bairro Bela Vista. O crime teve ainda a participação de dois menores.
Geovane foi submetido a júri popular e, além do homicídio, a pena também abrange os crimes conexos de porte ilegal de arma e corrupção de menores, por duas vezes. Após o veredito dos jurados, que reconheceram o réu como culpado por todos os crimes descritos na denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), a juíza Ana Helena Alves Porcel Ronkoski fixou a pena em regime fechado.
“O réu não poderá recorrer em liberdade desta sentença, visto que persistem os requisitos e fundamentos que levaram à decretação de sua prisão preventiva, notadamente a sua periculosidade social, pois além da gravidade dos fatos pelos quais ora é condenado, há palpável risco de reiteração, visto que é acusado da prática de outros crimes graves”, afirmou a juíza.
Conforme Só Notícias já informou, Geovane chegou a ter a prisão preventiva revogada, mediante o cumprimento de medidas cautelares, como permanecer em casa no período noturno e manter endereço atualizado. Após a revogação, a Justiça tentou intimá-lo sobre o júri popular que estava marcado para o mês de abril, mas não o encontrou no endereço informado.
Além disso, o Ministério Público do Estado (MPE) comunicou à Justiça que Geovane havia sido preso no início de agosto e também passou a ser investigado por uma tentativa de homicídio ocorrida no dia 17 de julho. A Justiça também recebeu a confirmação de que o acusado esteve em um bar no dia 23 de julho, durante o período noturno. Diante disso, Geovane teve a prisão preventiva novamente decretada.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Nilo ameaçou um dos adolescentes, na saída de uma escola. O menor relatou a situação a Geovane, que, por sua vez, emprestou um revólver para que a vítima fosse executada.
A Promotoria relatou na denúncia que o réu chegou a ir junto com os dois adolescentes até a residência de Nilo, porém, não o encontraram no local. Em seguida, fizeram buscas pela cidade e trocaram de motocicletas, tendo Geovane incitado os menores a procurarem a vítima.
Com a moto do acusado, os adolescentes foram até o bairro Bela Vista, onde viram Nilo trafegando em uma bicicleta. Os menores se aproximaram e, segundo a denúncia, um deles sacou o revólver calibre .38 e disparou várias vezes.