Adilson Pinto da Fonseca, 50 anos, foi condenado, hoje, a mais 17 anos e três meses pelo homicídio de Benildes Batista de Almeida, 39 anos. A vítima desapareceu em 2013 e o corpo dela só foi encontrado em 2019, enterrado no quintal da residência do réu , no bairro Nova Conquista, em Cuiabá.
Foi o segundo julgamento que Adilson enfrentou esta semana. Ele já havia sido condenado, na última quarta-feira (30), a 17 anos e nove meses de cadeia pelo assassinato de Talissa de Oliveira Ormond, 22 anos. O corpo dela também foi encontrado no quintal de Adilson.
Somadas, as penas aplicadas ao réu passam de 35 anos. Ele foi preso em 2019 e segue na cadeia. Nos dois júris, foi determinado o cumprimento da pena em regime fechado, inicialmente. Ainda cabe recurso contra a decisão.
A primeira vítima, Talissa de Oliveira Ormond, de 22 anos, namorada do suspeito, teve a comunicação do desaparecimento registrada em julho de 2013. A segunda vítima, Benildes Batista de Almeida, 39 anos, desapareceu em dezembro do mesmo ano. Ela foi casada com o réu, contudo, já não vivia mais com ele e morava fora do Brasil.
A mãe de Talissa informou à Polícia Civil que ela saiu para trabalhar em uma empresa de telefonia e não deu mais notícias. Na empresa, a chefe da moça disse à mãe que naquele dia ela trabalhou o dia todo e quando saiu, havia um rapaz em uma motocicleta à espera dela. Mas ninguém a viu sair com ele. No dia seguinte, a vítima teria ligado na empresa pedindo socorro. Depois não houve mais contato.
A segunda vítima, Benildes, desapareceu em 17 de dezembro de 2013. Ela morava na cidade de Asturia, na Espanha, e tinha vindo ao Brasil onde passou cinco meses com a família. A filha dela entrou em contato com a Polícia Federal, que não identificou a saída de Benildes do Brasil.
“A partir do momento que localizamos a primeira ossada, que seria da Talissa, o suspeito demonstrou vontade de colaborar com as investigações. A princípio, não tínhamos informações de que o corpo da Benildes também tivesse ocultado nesse local, mas ele deu localização exata e através disso conseguimos achar os restos mortais dela”, declarou o delegado Fausto, que conduziu as investigações na época.
Quanto à motivação, o homem alegou que cometeu os crimes por ciúmes, depois de discussões ocasionais com as vítimas.