Preso em flagrante em março deste ano, A.R.L., 23 anos, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por trazer do Paraguai 80 pacotes dos agrotóxicos Trigal Glymas e Metusulfuron, de fabricação chinesa, que não possuem registro nos Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde para ser comercializado no Brasil.
Além do agrotóxico, A.R.L levava na mala no bagageiro do ônibus 580 comprimidos do medicamento Pramil e 20 comprimidos do medicamento Erectalis. Estes dois medicamentos são utilizados contra a impotência sexual e segundos os órgãos de saúde, têm se transformado em um problema de saúde pública. Considerados genéricos do viagra, esses medicamentos têm fabricação paraguaia e tiveram a importação, venda e uso proibidos em todo o Brasil pela Agência Nacional de vigilância Sanitária (Anvisa).
Além de não terem o registro para serem vendidos no Brasil, o medicamento oferece risco à saúde dos consumidores, tanto que a apreensão do Pramil foi determinada pela Resolução nº 766 de maio de 2002 da Anvisa. Em Mato Grosso, por conta da venda ilegal desse medicamento, o MPF já denunciou e pediu a cassação do registro profissional de farmacêuticos, farmácias e distribuidoras de medicamentos foram interditadas.
O réu vai responder pelos crimes de por contrabando, falsificação de medicamentos destinados a fins medicinais, importação e transporte de produto nocivo à saúde humana ou ao meio ambiente e, também, por comercializar e transportar resíduos e embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, em descumprimento às exigências estabelecidas na legislação. Ele foi preso durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal na BR-364, em um ônibus interestadual que fazia o percurso Porto Alegre/Santarém.