Claudir Rodrigues Nunes, 36 anos, foi condenado, ontem, em júri popular, a quatro anos de prisão por matar a esposa Francisca Teixeira da Luz, 49 anos. O crime ocorreu em dezembro de 2013, na rua das Dracenas, no bairro Jardim das Violetas. A vítima foi atingida por um golpe de faca, não resistiu ao ferimento e faleceu no local.
Uma das testemunhas relatou que era vizinha da vítima e revelou que foi a responsável por chamar a polícia. Segundo ela, Francisca gritou por socorro. A mulher, ao verificar o que estava acontecendo, disse ainda ter visto um homem voltando para dentro da casa da vítima.
Ao ser interrogado, Claudir, que era marido de Francisca, confessou o crime, mas alegou que agiu por legítima defesa. Ele declarou que estavam em uma lanchonete ingerindo bebida alcoólica, quando foi atingido por um copo de bebida jogado pela vítima. Segundo sua versão, Francisca ainda começou a fazer “strip-tease”, com a finalidade provocá-lo.
Ele afirmou ainda que decidiu ir embora, no entanto, Francisca correu atrás dele com uma faca. Claudir afirmou que conseguiu desarmar a vítima e a golpear, “para tentar se defender”.
Durante o julgamento, os jurados derrubaram a tese de legítima defesa. No entanto, entenderam que o réu “agiu sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima”.
A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, fixou a pena base em seis anos de reclusão. No entanto, beneficiou Claudir com a diminuição de 1/3 (um terço) da sentença, em razão do crime ter sido cometido após injusta provocação da vítima. Ele começará a cumprir a pena em regime aberto e ainda pode recorrer da decisão.
Claudir foi solto em agosto de 2014 e, desde então, respondia ao processo em liberdade.