José Francisco dos Santos foi condenado pelo Tribunal do Júri de Nova Xavantina (a 645km de Cuiabá), na última sexta-feira (23), pelo homicídio qualificado do comerciante Jonson Almeida dos Santos e pelo homicídio tentado da esposa dele. O Conselho de Sentença reconheceu que os crimes foram cometidos por motivo fútil. A pena fixada pelo juízo foi de 18 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, sendo negado ao réu o direito de recorrer em liberdade.
Conforme o Ministério Público do Estado, os crimes aconteceram em junho de 2022, em restaurante. José Francisco matou a tiros Jonson e ainda tentou matar a esposa dele, o que não ocorreu em razão de uma falha mecânica na pistola utilizada. Conforme apurado durante as investigações, os crimes foram motivados por desacordo comercial.
Segundo o MP, a esposa da vítima vendeu o restaurante para uma terceira pessoa, que cerca de dois meses depois de ter assumido o comércio, repassou o ponto para José Francisco. “Após conflitos envolvendo o pagamento a esposa da vítima, os três entraram em acordo para que José Francisco administrasse o estabelecimento e pagasse a ela um aluguel. Contudo, ele voltou atrás sobre a data acordada para início do pagamento”, apontou o MP.
Seguindo orientação do advogado dela, a mulher trocou as fechaduras do restaurante e entrou em contato com José Francisco para que ele retirasse os pertences de lá. O homem foi ao local para buscar as coisas e disse que voltaria mais tarde para terminar de retirá-las. Ao retornar, José Francisco voltou armado, ameaçando as vítimas para que não entrassem em contato com terceiras pessoas e neste contexto atirou contra Jonson, segundo a denúncia do MP.
O promotor de Justiça Fábio Rogério de Souza Sant’Anna Pinheiro conta que, embora Jonson Almeida dos Santos fosse natural da Venezuela, era conhecido como “Português” por ter morado no país europeu, onde o crime chegou a ter repercussão na imprensa. O corpo da vítima foi transladado para Portugal, onde foi sepultado.
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