A hidrelétrica que deverá ser construída em Sinop poderá ficar fora do leilão A-5, que prevê energia para o ano de 2017 e que está programado, até o momento, para ocorrer em outubro. A afirmação foi feita pelo diretor de estudos de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Carlos de Miranda Farias, durante a oitava conferência de centrais hidrelétricas, que termina nesta quarta-feira em São Paulo.
De acordo com o jornal Estado de São Paulo, Farias ponderou que a EPE está fazendo uma reavaliação de tempo, já que concessões de licenças prévias teriam sido afetadas por greves ocorridas em órgãos federais. “Estamos em processo de reavaliação de tempo. O Ministério [de Minas e Energia] está decidindo a questão de eventualmente darmos um prazo maior para termos a licença prévia de Sinop e outras usinas, de forma a contarmos com essas importantes usinas no leilão”, explicou.
No entanto, mesmo que se confirme uma nova prorrogação de prazos para que as empresas interessadas em participar do leilão A-5 entreguem as licenças necessárias, a usina sinopense poderá ser uma das que ficará de fora do leilão. O entrave estaria relacionado ao posicionamento dos representantes da assembleia legislativa do Estado. “Não sabemos de qualquer impedimento pelo órgão ambiental ou o conselho do meio ambiente, mas a licença só pode ser emitida a partir de autorização da assembleia legislativa. Estamos aguardando a decisão”, disse Farias à reportagem.
A publicação aponta ainda que o projeto de São Manoel, também em Teles Pires, já está definitivamente descartado do leilão. Duas usinas do Paraná também estão em processo de avaliação e poderão ficar fora do certame.
Conforme Só Notícias informou, a hidrelétrica, além de Sinop, que concentrará 60% do reservatório, abrangerá também os municípios de Sorriso, Itaúba, Cláudia e Ipiranga do Norte. A capacidade instalada será de 400 megawatts de energia.