Iniciada na última quinta-feira, a paralização nacional dos funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) continua no Brasil. Em Cuiabá, a situação não é diferente. Funcionários aguardam uma posição da ECT. O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores e Telégrafos dos Correios, Nilson Oliveira de Magalhães, disse que a situação ainda permanece igual, ou seja, nada de acordos entre a classe reivindicante e a empresa. Ao todo são 300 o número de grevistas no Estado, em Cuiabá e Várzea Grande, 97.
“Pedimos desculpas a população, mas pedimos a compreensão de todos para que possamos correr atrás dos nossos direitos”. No caso de correspondências relativas a contas, o secretário orienta para que os usuários dos Correios procurem o Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) mais próximo a sua residência e no caso de faturas procurar diretamente seu banco.
Magalhães ressalta também, a questão da baixa umidade no Estado, que faz com que as condições de trabalho não sejam tão agradáveis assim, e no período vespertino podendo estar ocupados com os demais afazeres. “Vários trabalhadores têm tido muito mal-estar devido ao tempo seco e intensidade do calor”, acentua o secretário.
Alguns sindicalistas estiveram reunidos com a presidência da Empresa de Correios e Telégrafos na tarde desta segunda-feira. “O presidente da empresa melhorou a questão da assistência médica e o auxílio creche, mas manteve a mesma posição que já foi rejeitada de aumento salarial. A nossa avaliação é que a greve continua. A empresa está intransigente e não avançou um milimetro”, disse José Gonçalves, membro da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e integrante do comando nacional de greve.
Segundo ele, o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio reafirmou a proposta de dar um abono de R$ 400 mais uma incorporação salarial de R$ 50 a partir de janeiro de 2008. Os sindicalistas propuseram, além disso, que haja um aumento a partir do próximo mês de R$ 41, o que foi descartado pelos dirigentes da estatal.
Reposição salarial de 47,77%, implantação do Plano de Cargos e Salários, aumento real de R$200,00, contratação de novos trabalhadores e entregas de correspondências no período matutino são algumas das reivindicações por parte da classe.