Passageiros do Aeroporto Internacional Marechal Rondon enfrentarão dificuldades a partir de quarta-feira (30) devido a greve dos servidores da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero). Atraso nos vôos e confusão nos terminais serão os primeiros problemas que surgirão.
A Infraero em Várzea Grande não aderiu a paralisação, mas como os funcionários dos aeroportos de Congonhas (SP), Guarulhos(SP), Campinas(SP), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Galeão (RJ) estarão trabalhando com o efetivo mínimo, a situação trará reflexos nos horários de pouso e decolagem do Marechal Rondon.
Usuários que saem do aglomerado urbano Cuiabá e Várzea Grande com destino às cidades da região Sul e Sudeste, geralmente precisam passar pelos aeroportos de São Paulo para fazer escala. A situação será a mesma em todo país.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), em São Paulo, Francisco Lemos, disse por telefone que a paralisação é por tempo indeterminado. Ele afirma que as cidades onde os servidores não aderiram a greve receberão a visita dos diretores da entidade. O objetivo é apresentar as reivindicações e ampliar o número de grevistas.
Na pauta, a categoria pede a mudança da diretoria da empresa. Conforme Lemos, os integrantes são escolhidos por decisão politica e nenhum dos 6, que compõem o grupo, tem experiência em vôos comerciais. O sindicato propõem a inclusão de funcionários de carreira para facilitar as negociações.
Em 2008 foram realizadas 7 rodadas de negociação e em nenhuma chegou-se ao consenso. Os trabalhadores reivindicam a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). O documento é solicitado há 4 anos e precisa da participação da empresa para elaboração e implantação.
Outra questão é a consolidação dos benefícios como os auxílios para alimentação, transporte, saúde, bem como o bônus de natal. Em todos os aeroportos passageiros receberão um folheto informativo sobre os problemas que serão gerados pela greve.