Os servidores federais insatisfeitos com as negociações com o governo intensificam as greves para pressionar o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão a ser mais flexível nas negociações com os trabalhadores do Executivo. A Superintendência Regional do Trabalho no Estado começou a funcionar "pela metade" no que diz respeito a emissão de carteiras de trabalho e seguro desemprego. Os grevistas respeitaram a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e paralisaram as atividades internas, mantendo somente 50% do atendimento ao público. A manifestação tem adesão de 23 estados e é por tempo indeterminado. A categoria pressiona pela criação do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS) e se intitula como a "menor remuneração" entre os concursados do Executivo. .
Na próxima segunda-feira, os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) se reúnem mais uma vez com os representantes do ministério antes de decidirem sobre a greve. Caso não haja acordo, a categoria para na terça seguinte em todo o Brasil. Na quinta e na sexta-feira da semana passada os servidores de Mato Grosso cruzaram os braços por 48 horas num sinal que não vão abrir mão dos reajustes.
A esperança é que MPOG apresente proposta que estabeleça a isonomia entre as carreiras do Incra, em relação ao pessoal de nível superior. Já para os profissionais intermediários e auxiliares é reivindicado melhoria dos padrões remunerativos. O mesmo é esperado para os aposentados e pensionistas. Após a apresentação da proposta a mesma será submetida à avaliação de todos os servidores do Incra que, em assembléia por todo o Brasil, irão aceitar, rejeitar ou mesmo apresentar uma contra proposta.
As greves contam com apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT) que na semana que vem estará com representantes em Brasília acompanhando de perto as negociações.