Em greve há 72 dias, os procuradores federais ganharam ontem, em Cuiabá, um importante reforço: os integrantes da categoria lotados no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Com isso, o movimento ganha mais força, já que o órgão é um dos que mais mantém procuradores federais em seus quadros, cuja paralisação poderá resultar em graves problemas para o Governo Federal. São mais de 90 mil processos tramitando somente no Estado. Os procuradores estiveram reunidos na sede da OAB.
Na reunião, foram tomadas diversas deliberações. A principal delas diz respeito ao próprio fortalecimento da paralisação. A partir desta quinta-feira, os grevistas deverão percorrer as autarquias federais e fundações em busca da adesão de demais procuradores. A idéia é fazer com que a paralisação atinja 100% no Estado, segundo informou o presidente do Comando Estadual de Greve, Guilherme Mendes Moragas, representante da União dos Advogados Públicos Federais do Brasil no Estado.
Durante a reunião na OAB, os procuradores protestaram contra o tratamento que o Governo Federal vem dispensando no trato do cumprimento do acordo salarial firmado ainda no ano passado. “O governo se nega a negociar com a categoria em greve, mas já sentou para tratar da greve dos Correios”, disse um dos procuradores. (Com Assessoria)