O governo anunciou o corte do ponto dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) que estiverem ausentes dos postos de trabalhos durante a greve. O movimento foi considerado ilegal pela Justiça, na semana passada. A categoria está paralisada desde o dia 26 do mês passado cobrando a nomeação dos aprovados no concurso.
O secretário da Casa Civil, Paulo Taques, se reuniu com representantes do Sindicato dos Servidores do Detran-MT (Sinetran-MT), esta manhã, para informar sobre o corte de pontos e reafirmar a proposta já apresentada que prevê a convocação de 30 aprovados no concurso público este mês. A nomeação de outros 100 aprovados até o dia 30 de setembro de 2016. Em 2017, seriam convocados mais 160 aprovados e, em 2018, os 199 restantes.
Já o sindicato exige que 70% dos aprovados sejam nomeados ainda este ano e o restante em junho de 2016 e apresentou a contraproposta que foi rejeitada pelo governo sob a alegação de falta de recursos parar arcar com a folha de pagamento.
A presidente do Sinetran, Daiane Renner, explicou que a reunião não trouxe avanços na negociação para a categoria. Novos rumos em relação ao movimento serão debatidos com os servidores, na próxima segunda-feira (9), em assembleia geral.
A multa por descumprimento fixada pela Justiça é de R$ 100 mil por dia. O sindicato irá recorrer da decisão.
Os servidores foram barrados pela PM de entrarem no Palácio Paiaguás e Casa Civil durante mobilização realizada, ontem. A categoria realizou um ato para cobrar a nomeação dos aprovados no concurso público de julho deste ano.
Segundo a decisão, a ilegalidade do movimento grevista depende da constatação dos seus elementos, quer na pauta de reivindicações ou na forma de condução. Ao analisar notificação expedida pelo Sinetran, a Justiça identificou que as reivindicações decorrem de pleitos advindos de greves anteriores e não podem ser feitas pois são decisões administrativas que não cabem aos servidores.